O **Notícias do RS** utiliza cookies e tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência, analisar tráfego e exibir anúncios personalizados, incluindo Google AdSense. Para continuar, precisamos do seu consentimento explícito.

PUBLICIDADE

Avança no Senado Projeto de Lei sobre Aborto após 22 Semanas

Avança no Senado proibição de aborto após cinco meses e meio de gestação. O relator Eduardo...

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado deu sinal verde para o projeto de lei que estabelece novas diretrizes sobre a viabilidade fetal, durante reunião nesta quarta-feira (15). O texto em questão propõe alterações significativas na legislação vigente referente ao aborto no Brasil.

A principal mudança introduzida pelo projeto é a fixação de um limite temporal para a realização do aborto legal. De acordo com a proposta aprovada na CDH, a interrupção da gravidez seria proibida após o período de cinco meses e meio de gestação, o equivalente a 22 semanas. Atualmente, a legislação brasileira permite o aborto em casos específicos, como gravidez resultante de estupro, risco de vida para a mãe e anencefalia fetal, sem estipular um prazo máximo para a realização do procedimento.

O projeto argumenta que, a partir de 22 semanas, o feto já possui condições de sobreviver fora do útero materno, tornando o aborto, nesse estágio da gravidez, eticamente questionável. Defensores da proposta alegam que a medida visa proteger o direito à vida do nascituro, alinhando a legislação brasileira a padrões internacionais mais restritivos em relação ao aborto tardio.

A tramitação do projeto na CDH gerou debates acalorados entre os senadores, com manifestações favoráveis e contrárias à proposta. Parlamentares que votaram a favor do projeto destacaram a importância de garantir a proteção do feto em estágios mais avançados de desenvolvimento, enquanto senadores contrários argumentaram que a medida representa um retrocesso nos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, especialmente em casos de violência sexual ou problemas de saúde.

Após a aprovação na CDH, o projeto de lei seguirá para outras comissões do Senado, onde será novamente analisado e votado. Caso seja aprovado em todas as etapas, o texto será encaminhado para a Câmara dos Deputados, onde passará por um processo semelhante antes de ser submetido à sanção presidencial.

A aprovação do projeto na CDH representa um avanço significativo para a proposta, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido até que a medida se torne lei. A expectativa é que o debate sobre o tema continue acirrado no Congresso Nacional, com forte pressão de diferentes setores da sociedade.

Fonte: www.gazetadopovo.com.br

Leia mais

PUBLICIDADE