A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou uma série de operações para desarticular um sofisticado esquema nacional de estelionato que não se limitava ao Litoral Norte, mas possuía ramificações em diversas cidades gaúchas, incluindo a Região Metropolitana. e Também o Distrito Federal e possivelmente outros Estados do Brasil .
As investigações revelaram a estrutura de uma organização criminosa que causou prejuízos milionários a um vasto número de vítimas.
Detalhes da Estrutura Criminosa e Abrangência Regional .
A quadrilha desmantelada operava com alta organização e divisão de tarefas, focada em fraudes que exploravam a busca por bens e serviços, especialmente durante períodos de maior demanda, como a temporada de verão no Litoral.
Alcance Geográfico: Embora o foco do esquema fosse o Litoral Norte, com incidência notável em cidades como Imbé e Torres, a investigação policial expandiu-se para a capital, Porto Alegre, e outros municípios da Região Metropolitana .
Como Canoas e Cachoeirinha, onde muitos membros da organização ou receptores do dinheiro estavam sediados. Em algumas operações contra grupos de estelionato, até 14 cidades do Rio Grande do Sul foram atingidas.
Cidades com mandados no Rio Grande do Sul: Osório , Arroio do Sal , Tramandaí ,Torres , Esteio , Sapucaia do Sul ,Porto Alegre .
Além disso, houve operação também em Itapema no Estado Catarinense .
Dois presos em Osório; um suspeito segue foragido .
Entre os três mandados de prisão preventiva, dois foram cumpridos em Osório, no Litoral Norte.
Os nomes dos presos não foram divulgados, mas ambos responderão por: extorsão, lavagem de dinheiro, organização criminosa.
O terceiro investigado, que também seria um operador financeiro dentro do esquema, não foi encontrado e permanece foragido.
Operação “Fake Faction”: o desmonte da falsa facção .
A ação foi batizada de Fake Faction, termo em inglês que significa “falsa facção”.
O nome simboliza a principal estratégia dos criminosos: o uso fraudulento do nome do PCC , para provocar medo nas vítimas e aumentar o poder de coerção.
A operação foi conduzida pela 5ª DP do Distrito Federal, com apoio total da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, responsável pelo cumprimento dos mandados e pela logística operacional nas cidades do Sul .
Investigações continuam e devem revelar ainda mais vítimas .
Modus Operandi Especializado: O grupo utilizava diferentes modalidades de golpe, com destaque para a fraude em aluguel por temporada e a venda de casas pré-fabricadas inexistentes, anunciadas em redes sociais.
Em alguns casos, a fraude envolvia a simulação de documentos e o uso de perfis falsos.
Divisão de Funções (Hierarquia do Crime):
Captação de Vítimas: Membros responsáveis pela criação e gestão dos anúncios falsos em plataformas digitais, persuadindo as vítimas a realizar os primeiros pagamentos.
Essa tática era crucial para receber os valores das vítimas e realizar a rápida pulverização e lavagem do dinheiro, dificultando o rastreio.
Prejuízos e Volume: Estima-se que, em esquemas similares desmantelados no estado, o prejuízo causado às vítimas ultrapassou a casa do milhão de reais em poucos meses, com o grupo ostentando um padrão de vida incompatível com a renda lícita.
Ação Policial e Responsabilização .
A Polícia Civil agiu após meses de investigação, culminando no cumprimento de mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão.
Materiais Apreendidos: Foram confiscados materiais que comprovam a prática criminosa, incluindo aparelhos eletrônicos, documentos, veículos e, em algumas operações, grandes quantias em dinheiro, resultantes dos golpes.
Tipificação Criminal: Os suspeitos foram indiciados por crimes como estelionato, organização criminosa e, em alguns casos, lavagem de dinheiro, refletindo a seriedade e o nível de organização do grupo.
Dicas de Segurança e Prevenção contra Fraudes Online no RS .
Para se proteger dos golpes de estelionato que têm atingido os gaúchos, especialmente no Litoral, a Polícia Civil reforça as seguintes orientações:
Validação da Fonte: Se a oferta for de aluguel ou venda, exija sempre a matrícula do imóvel e confira-a no Cartório de Registro de Imóveis. Nunca confie apenas em documentos enviados digitalmente.
Cautela com a Conta de Depósito: O pagamento do sinal ou do aluguel deve ser feito apenas para a conta bancária do proprietário legal do imóvel (cujo nome conste na matrícula) ou de uma imobiliária de reputação reconhecida.
Evite transferências para terceiros, conhecidos como “laranjas”.
Desconfie da Pressa e do Preço: Preços muito abaixo do mercado e a pressão para fechar o negócio rapidamente são fortes indícios de fraude. Use o tempo a seu favor para realizar as checagens de segurança necessárias.
Busca por Endereços: Utilize serviços de mapas (como Google Street View) para verificar se as fotos do imóvel condizem com o local e a vizinhança.
Contato Oficial: Sempre tente contato telefônico com o anunciante. Golpistas preferem interações via WhatsApp , onde é mais fácil manter o anonimato.
A colaboração da população, por meio de denúncias, é fundamental para que a Polícia Civil continue desmantelando esses esquemas em todo o estado.
Fonte : Litoral Mania