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Delegado do Litoral Norte é Indiciado por Assédio Sexual

Delegado do Litoral Norte é Indiciado por Assédio Sexual.

 

O delegado de polícia Antônio Carlos Silvano Ractz Júnior foi formalmente indiciado pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Rio Grande do Sul pelo crime de assédio sexual (Artigo 216-A do Código Penal) contra uma policial civil que trabalhava com ele na Delegacia de Polícia de Cidreira, no Litoral Norte.

 

O inquérito, conduzido pela 3ª Delegacia de Polícia para Assuntos Internos, concluiu haver “prova da materialidade e indícios suficientes de autoria” do crime, ocorrido em julho de 2024. O relatório final da Corregedoria foi mantido sob segredo de justiça até novembro, quando o sigilo foi levantado.

 

Detalhes da Denúncia e Provas :

 

O episódio central do indiciamento ocorreu no gabinete do delegado. A vítima, uma inspetora de 40 anos, relatou que Ractz Júnior a chamou na sala, a segurou pelo braço e tentou beijá-la à força, proferindo a frase: “me dá só um beijinho”.

 

A policial afirmou ter conseguido se afastar e, em seguida, enviou uma mensagem ao delegado, expressando que estava “muito mal” e se sentindo “constrangida”.

 

Como prova, o inquérito anexou uma gravação de diálogo que a policial fez em outra ocasião, onde trechos como “Tu é uma mulher apaixonante” foram incluídos no processo.

 

Processo Judicial: Proposta de Transação Penal do MP .

 

O caso seguiu para análise do Ministério Público (MP). A promotora Mari Oni Santos da Silva, citando que “o autor do fato é primário”, ofereceu proposta de transação penal ao delegado em 5 de novembro de 2025.

 

Inicialmente, a promotora sugeriu que o delegado pagasse um salário mínimo em favor da vítima ou cumprisse dois meses de prestação de serviços comunitários.

 

No entanto, em 14 de novembro, o MP reavaliou a proposta: ao verificar que o delegado possui remuneração média superior a R$ 20 mil, o valor a ser pago em favor da vítima foi reajustado para R$ 5 mil.

 

Uma audiência preliminar ainda precisa ser marcada para que Ractz Júnior decida se aceita ou não a transação penal oferecida pelo MP.

 

Posição da Chefia de Polícia e Defesa 

 

O chefe de polícia do RS, delegado Heraldo Chaves Guerreiro, afirmou que a Polícia Civil apurou o caso de forma ágil e o enviou ao Judiciário, que deve tomar as medidas cabíveis. Guerreiro ressaltou que não houve sanção administrativa interna sobre o caso de assédio contra o delegado.

 

Em contato com a reportagem, Antônio Ractz Júnior negou os fatos e disse que “está sendo perseguido” pela denunciante.

 

O delegado Antônio Ractz Júnior atuou por longo período na Delegacia de Polícia de Imbé e respondeu pelas delegacias de Palmares do Sul, Balneário Pinhal e Cidreira. Atualmente, ele está lotado no Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (DENARC).

 

Consequências para a Vítima ;

 

A policial civil sofreu abalo psicológico após o incidente, precisando iniciar tratamento psiquiátrico e psicológico com o serviço de saúde da própria Polícia Civil e tirar licença médica.

 

A pedido, a policial foi transferida do Litoral Norte para a Região Metropolitana para evitar contato com o delegado e conseguir retornar ao trabalho com segurança.

 

Fonte : G1

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