O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assegurou que o governo federal não vê necessidade de implementar o horário de verão no país em 2025. A afirmação foi feita nesta terça-feira, com base em análises do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.
De acordo com o ministro, o comitê se reúne mensalmente para avaliar a segurança energética nacional e a modicidade tarifária.
As conclusões apontam que o planejamento estratégico do setor e os índices pluviométricos favoráveis dos últimos anos garantem uma condição de segurança energética “completa e absoluta” para o ano corrente.
Durante entrevista em um programa de rádio, Silveira ressaltou a dependência do Brasil das usinas hidrelétricas para a produção de energia.
Ele enfatizou que a segurança energética do país depende tanto das hidrelétricas quanto das termelétricas, justificando o lançamento de um leilão para estas últimas na próxima semana.
O ministro também destacou o crescimento das energias renováveis no Brasil, notando que, apesar de serem intermitentes, elas representam um avanço significativo. Para mitigar essa intermitência, o governo planeja lançar ainda este ano um leilão de baterias, visando o armazenamento de energia eólica e solar.
Silveira explicou que o objetivo é “literalmente armazenar vento” e ter “o sol até 22 horas armazenado”, por meio de um sistema de baterias que estabilizará o sistema energético nacional.
Ele reconheceu que a intermitência das energias renováveis é um problema global, citando apagões recentes em países como Portugal e Espanha.
No entanto, garantiu que o sistema brasileiro é robusto e conta com um planejamento eficiente para evitar tais ocorrências.
Ainda assim, o ministro enfatizou que, se a situação exigisse, o governo não hesitaria em implementar o horário de verão, independentemente de opiniões contrárias.
“O que não pode é faltar energia para o povo brasileiro. Por isso, teríamos coragem completa e absoluta, caso fosse necessário, independentemente das opiniões e das controvérsias sobre o horário de verão, de implementá-lo”, concluiu.
Fonte: Gazeta do Povo
