O Rio Grande do Sul enfrenta uma situação climática complexa, com três alertas emitidos pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) para diferentes fenômenos que afetam o estado até esta quarta-feira.
A combinação de avisos simultâneos eleva o nível de atenção, com riscos que variam desde fortes chuvas e grandes volumes de água até ventos costeiros capazes de mover dunas e causar transtornos nas áreas litorâneas.
Este cenário de instabilidade atmosférica exige atenção redobrada, especialmente em áreas urbanas e regiões com histórico de alagamentos e deslizamentos.
Um dos alertas, classificado como “Perigo Potencial”, está em vigor até as 10h da quarta-feira. São esperadas chuvas de 20 a 30 mm/h, podendo chegar a 50 mm/dia, acompanhadas de ventos de 40 a 60 km/h. Há um risco baixo, mas existente, de cortes de energia, queda de galhos e árvores, alagamentos pontuais e descargas elétricas.
A recomendação é evitar abrigos sob árvores, não estacionar perto de estruturas metálicas e evitar o uso de aparelhos ligados à tomada durante a instabilidade. As áreas afetadas incluem o Noroeste,
Nordeste e a região Metropolitana de Porto Alegre, além de partes de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Acre, Rondônia e Mato Grosso.
Outro alerta, também de “Perigo Potencial”, também válido até às 10h da quarta-feira, diz respeito aos ventos costeiros. A intensificação dos ventos nas áreas litorâneas pode provocar o deslocamento de dunas, acúmulo de areia sobre casas, ruas e estruturas de beira-mar, além de representar risco para embarcações e atividades costeiras.
As regiões atingidas são a Metropolitana de Porto Alegre, o Nordeste e Sudeste Rio-grandense, e o Sul e Norte de Santa Catarina. A Defesa Civil recomenda que moradores evitem áreas costeiras e informem qualquer movimentação incomum de dunas.
O alerta mais grave, classificado como “Perigo”, tem validade entre as 18h de terça-feira e as 10h de quarta-feira. A previsão é de chuvas de 30 a 60 mm/h ou 50 a 100 mm/dia, com alto risco de alagamentos extensos, deslizamentos de encostas e transbordamento de rios e arroios.
As recomendações incluem evitar deslocamentos durante a chuva intensa, atenção máxima em áreas de encosta, desligar equipamentos elétricos em caso de risco, proteger documentos e pertences em sacos plásticos, e manter contato com a Defesa Civil (199) e Bombeiros (193).
As áreas em maior risco são a Metropolitana de Porto Alegre, o Nordeste Rio-grandense, o Sul Catarinense, a Serrana, o Vale do Itajaí e a Grande Florianópolis.
A combinação de alertas distintos para diferentes regiões do Rio Grande do Sul indica uma convergência de fatores atmosféricos que intensifica o risco geral. Ventos fortes, chuvas intensas e grandes volumes de água aumentam a probabilidade de danos estruturais, quedas de árvores e enchentes rápidas, especialmente em áreas já vulneráveis por eventos anteriores.
Especialistas em meteorologia indicam que a atmosfera está em um período de maior instabilidade no Sul, impulsionado por sistemas de baixa pressão e frentes frias.
Fonte: Litoral Mania
