Ex-volante e ex-dirigente do Internacional, Magrão fez um forte desabafo sobre a situação atual do clube, um dia após a derrota por 1 a 0 para o Vitória, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro.
Atualmente comentarista, ele defendeu o trabalho de Andrés D’Alessandro, seu sucessor no cargo, mas enfatizou que o problema principal do clube é “interno”.
Segundo Magrão, o cerne da questão não reside nas figuras que concedem entrevistas após os jogos e recebem as críticas, mas sim naqueles que tomam as decisões nos bastidores do clube e não estão presentes nas viagens com a equipe.
Ele revelou que, ao assumir sua função, deixou claro que não seria apenas mais um ex-jogador, mas alguém com convicções e preparo, o que teria incomodado algumas pessoas dentro da instituição.
Magrão afirmou que não aceitou algumas contratações e confrontou outras situações, mantendo suas convicções, o que gerou desconforto interno.
O ex-dirigente acusou essas pessoas internas de mentir, manipular e usar a imprensa para seus próprios fins. Ele ressaltou que, embora nunca tenha presenciado nada ilícito no clube, observou muito ego e despreparo nas decisões.
Para ele, as pessoas que comandam o Internacional são empresários bem-sucedidos e com recursos financeiros, mas o futebol não se resume a planilhas, vaidade e ego, e sim a gestão.
Magrão alertou para que não repitam com D’Alessandro o que fizeram com ele, mencionando que o ídolo está sendo deixado de lado.
Ele pediu para que não manchem a história de D’Alessandro e defendeu a profissionalização do Inter, mas sem a implementação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) híbrida, que considerou uma “balela”.
Para Magrão, a solução para o Internacional é entregar o clube para quem possa realizar uma gestão profissional. Ele mencionou sua origem humilde e sua experiência em lutar e superar adversidades. Segundo ele, sua esposa o alertou que era uma sorte ele não estar mais no clube para vivenciar o que está acontecendo.
Apesar disso, devido ao seu amor pelo Inter, ele expressou o desejo de estar presente para ajudar. Ele concluiu afirmando que ego, poder e vaidade não combinam com profissionalismo.
Fonte: Zona Mista