A Polícia Civil indiciou a ex-deputada estadual e pré-candidata ao governo do Rio Grande do Sul, Juliana Brizola (PDT), sob suspeita de ter se apropriado de valores da sua avó materna, Dóris Daudt, de 99 anos. O inquérito investiga irregularidades em uma conta conjunta mantida pelas duas.
Segundo a apuração, Alfredo Daudt Júnior, tio de Juliana e curador da idosa, alega que a conta apresentou um saldo negativo de R$ 44 mil, apesar de a avó ter recebido uma indenização de R$ 1,8 milhão e pensão mensal de R$ 25 mil. O tio também mencionou transferências e empréstimos que não estariam relacionados aos cuidados de Dóris.
Em sua defesa, Juliana Brizola negou as acusações, classificou o caso como resultado de disputas familiares e afirmou cuidar da avó há mais de 20 anos. O escritório Aury Lopes Jr Advogados, que representa a pré-candidata, sustenta a inexistência de crime, defendendo que o tema é de natureza cível.
Por outro lado, os advogados de Alfredo, Andrei Zenkner Schmidt e Bruna Aspar Lima, afirmam que há provas documentais e testemunhais da apropriação e solicitaram a denúncia formal ao Ministério Público.
O indiciamento ganhou grande relevância política, já que Juliana Brizola aparecia na liderança da pesquisa Quaest de agosto para o governo do estado, com 21% das intenções de voto, seguida por Zucco (PL) com 20% e Edegar Pretto (PT) com 11%.
Fonte: Grupo Hora